sexta-feira, 30 de julho de 2010

Comunidade do Piri, em Sento Sé, sedia bingo em prol do IDESAB

Coordenadores e educadores do Programa TOPA (Todos pela Alfabetização) desenvolvido em algumas comunidades rurais do município de Sento Sé, em parceria com membros do IDESAB, estão organizando uma tarde festiva no dia 08 de agosto. A atividade objetiva apresentar os projetos desenvolvidos pela entidade, festejar o dia dos pais e realizar um bingo solidário, cuja verba será revertida para a construção da sede da entidade, em Juazeiro.

O evento irá acontecer na comunidade do Piri e quem participar do bingo estará concorrendo a 1 forno microondas, 1 fogão 4 bocas e 1 aparelho de televisão com 14’’. As cartelas custam R$ 5 e podem ser encontradas com os/as coordenadores/as do Programa TOPA nas comunidades de Piri, Bazuá, Quixaba e Piçarrão, em Sento Sé.

Além disso, o IDESAB está cadastrado no Programa “Sua Nota é um Show”, que propõe que entidades sem fins lucrativos possam arrecadar cupons fiscais a serem enviados à Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. Em retorno a esta ação, o governo disponibiliza recurso para compra de terrenos, imóveis ou equipamentos destinados à organização social cadastrada.

Em Juazeiro, o IDESAB a arrecadação é feita há cerca de 3 anos, contando com o apoio de lojas, supermercados, postos de gasolinas, farmácias, restaurantes, locais onde são colocadas as urnas para depósito das notas.

Para o coordenador financeiro do IDESAB, Jean Carlos Mascarenhas, embora a meta ainda não tenha sido atingida, a avaliação é positiva ao longo desses anos. “Mesmo tendo outras entidades na cidade que estão filiadas ao programa, temos conseguido fazer uma boa arrecadação”, avaliou.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Religiões de matriz africanas vivem novo momento em Juazeiro


Numa ação que partiu do Fórum Permanente de Promoção de Políticas Públicas para Igualdade Étnico-racial do município de Juazeiro, no dia 20 de julho foi realizada, na Casa da Cultura no Bairro Quidé, uma reunião entre seis terreiros de Candomblé existentes em Juazeiro.        
                                                                                        Foto: ASCOM Casa da Cultura
A necessidade da reunião surgiu a partir de uma abordagem realizada por uma conselheira tutelar no dia 12 de junho e que, de acordo com o relato e a avaliação dos presentes no local, se configurou como intolerância contra religiões de matrizes africanas.

O caso foi noticiado pela imprensa local e hoje tramita na justiça, além de contar com acompanhamento do Fórum de Promoção da Igualdade que divulgou carta em repúdio a ação da conselheira e demonstrando apoio aos grupos e pessoas vítimas da intolerância religiosa. De acordo com as entidades que integram a coordenação colegiada do Fórum, a Conselheira agiu de forma desrespeitosa ao interromper um ritual de iniciação do Candomblé.

Estimulados a lutarem pelo direito de se expressarem livremente, sobretudo por estarem sob a proteção da Constituição Federal que define o Brasil como um país laico, os povos de terreiro iniciam um processo de organização até então ainda não constatado em Juazeiro.

No próximo sábado (24) acontecerá mais uma reunião com o objetivo de envolver um número maior de pais, mães e filhos de santo que possam discutir e definir estratégias e ações, a serem executadas em prol da conscientização da população sobre o que são as religiões de matriz africanas e, principalmente, sobre a liberdade religiosa existente no Brasil.

Entidades de Juazeiro se aliam em prol da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra

Enquanto muitos juazeirenses comemoravam o aniversário da cidade, algumas organizações sociais atuantes no município e região, a convite da CPT (Comissão Pastoral da Terra), se reuniram na tarde do dia 15 para discutirem formas de mobilização em prol da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra.

A campanha, que foi lançada em 2000 pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, agora ganha força com a proposta de realização de um Plebiscito Popular. A iniciativa convida a sociedade brasileira a se manifestar acerca da necessidade de estabelecer um limite à propriedade da terra no Brasil.

A importância do plebiscito se deve também ao seu caráter pedagógico, uma vez que irá provocar a sociedade a debater questões diretamente ligadas a concentração de terras no país, desconstruindo a idéia de que os temas ligados à terra só interessam a quem mora no campo. Pontuar que tais problemas afetam também à vida urbana gerando problemas como violência, desemprego, má qualidade de vida etc, é algo colocado em destaque pelos movimentos sociais que estão encampando esta luta na região.


Informar a sociedade sobre a realidade agrária brasileira, lutar por uma tamanho máximo para as propriedades rurais e consultar a população para que se manifeste a respeito do tema são os principais objetivos da Campanha que, em Juazeiro, vem contando com o apoio de entidades como CPT, Pastoral da Mulher, IRPAA, IDESAB, sindicatos, além de grupos católicos e evangélicos.

Por que limitar a propriedade da terra?

A Constituição Federal de 1988 prevê a utilização da terra a partir do princípio da função social da propriedade, conforme já determinava o Estatuto da Terra em 1964. Entretanto, o que se constata no Brasil é o uso indevido da propriedade, gerando uma situação de extrema desigualdade onde a existência do latifúndio, em sua maioria para fins do agronegócio, permite a existência de milhares de brasileiros sem terra para trabalhar ou mesmo para morar.

A proposta do Fórum Nacional pela Reforma Agrária é que o tamanho da propriedade no Brasil não ultrapasse o limite de 35 módulos fiscais. O módulo fiscal é um parâmetro para classificação, uma unidade de medida que classifica a propriedade como minifúndio, latifúndio, etc. O número de hectares que constituem um módulo fiscal varia de acordo com região, chegando a ter estado onde um módulo é composto por 5 ha, como é o caso do DF e outros por 110 ha, como acontece no Mato Grosso do Sul. Esta definição depende das condições de acesso e qualidade do solo, relevo etc. A média da Bahia é de 65 ha, mas em Uauá, por exemplo, este número sobe para 70 ha.

Alguns dados para reflexão:

- A área de sequeiro deve ter uma média de 100 ha por família, mas muitas famílias na região, por exemplo, ocupam apenas 5 ha sendo utilizados para residência, agricultura e pecuária;

- Enquanto isso, em muitos casos, as grandes propriedades constituem-se de áreas muito maiores e muitas vezes com terras improdutivas ou com cultivo de monoculturas;

- Nos projetos de irrigação existentes na região de Juazeiro e Petrolina a área pertencente aos agricultores é visivelmente inferior à área ocupada pelas empresas;

- A cada 100 ha da Agricultura Familiar conta-se com cerca de 15 pessoas trabalhando, enquanto no agronegócio, nesta mesma área, 2 pessoas realizam as atividades necessárias, contribuindo assim com o aumento considerável do desemprego.

Clique aqui e saiba mais sobre a Campanha

Território Sertão do São Francisco reconhece a comunicação como estratégia de organização popular

Do ano passado para cá, a comunicação tem sido a tônica de muitos debates no espaço geográfico e político do Território Sertão do São Francisco. Um dos exemplos dessa movimentação foi o Encontro de Rádios Comunitárias do Território, evento que aconteceu no Campus III da UNEB, em Juazeiro, nos últimos dias 17 e 18 e contou com a organização do Fórum de Comunicação Sertão do São Francisco.

O encontro, que contou com representantes das cidades de Curaçá, Canudos, Uauá, Remanso, Sento Sé, Pilão Arcado, Sobradinho e Juazeiro, reuniu participantes de Rádios Comunitárias, Sistemas de Alto-falante e Associações que estão se organizando ou aguardam concessão do Ministério das Comunicações para operarem no sistema de Radiodifusão. Na oportunidade, o público participou de espaços de formação, tendo como princípio a comunicação como direito humano e como serviço público que precisa ser reivindicado. Um dos encaminhamentos proposto pelos Grupos de Trabalho e aprovados pela plenária foi a criação de uma articulação Regional da ABRAÇO (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária).

                                                                                                     Foto: Junior Barbosa
Comunicadores Populares discutem estratégias para fortalecimento das Rádios Comunitárias do Território


Fórum apresenta Plano de Comunicação para o Território da Cidadania

A política de desenvolvimento territorial adotada pelo governo atual divide o estado da Bahia em 26 territórios da Cidadania. O Território Sertão do São Francisco realizou, nos dias 19 e 20 de julho, no auditório da CODEVASF, em Juazeiro, plenária para discussão das políticas públicas estaduais, instrumentos de participação e controle destas políticas, gestão, avaliação e planejamento das ações, tendo em vista o novo plano territorial que está em construção.

O Fórum de Comunicação se propôs a elaborar e apresentar ao colegiado territorial um plano de comunicação, tomando por base objetivos centrais como: sensibilizar a população acerca da importância da comunicação como estratégia de desenvolvimento territorial; fortalecer os meios de comunicação comunitários do território e divulgar as ações do Fórum Territorial Sertão do São Francisco.

A proposta foi bem aceita pelo colegiado e plenária do Território e “o momento agora é de discussão de como se dará a implementação das ações propostas pelo Fórum de Comunicação”, informa Marcos Vinicius, representante da Associação Cultural e Artística de Radiodifusão Comunitária Sertaneja FM, do distrito de Pinhões, em Juazeiro, umas das entidades que compõe o Fórum de Comunicação.


O IDESAB integra o conjunto de 60 entidades que compõem o Fórum Territorial Sertão do São Francisco e atualmente integra a Secretaria Executiva do Fórum de Comunicação, colocando a luta pela democratização da comunicação como uma das prioridades da entidade.

IDESAB participa de Exposição durante festejos do aniversário da cidade


Com mais de um século de elevação à categoria de cidade, Juazeiro conta hoje com cerca de 260 mil habitantes, segundo dados do IBGE 2009, distribuídos na sede do município e 8 distritos. No último dia 15, a cidade baiana conhecida por estar às margens do Rio São Francisco completou 132 anos. Na ocasião, a Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social, através da Gerência de Conselhos, disponibilizou um stand para Organizações Não Governamentais que atuam na área social divulgarem seu trabalho durante uma mostra organizada para comemorar o aniversário da cidade.


O IDESAB, que dividiu espaço com entidades como o NAEND’A (Núcleo de Arte-Educação Nego d’Água) e o IDÉIA (Instituto de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico, Cultural e Ambiental) esteve presente expondo fotografias das ações dos projetos e materiais didáticos utilizados pela entidade. 

População de Juazeiro prestigia trabalho das ONG's