sexta-feira, 23 de julho de 2010

Religiões de matriz africanas vivem novo momento em Juazeiro


Numa ação que partiu do Fórum Permanente de Promoção de Políticas Públicas para Igualdade Étnico-racial do município de Juazeiro, no dia 20 de julho foi realizada, na Casa da Cultura no Bairro Quidé, uma reunião entre seis terreiros de Candomblé existentes em Juazeiro.        
                                                                                        Foto: ASCOM Casa da Cultura
A necessidade da reunião surgiu a partir de uma abordagem realizada por uma conselheira tutelar no dia 12 de junho e que, de acordo com o relato e a avaliação dos presentes no local, se configurou como intolerância contra religiões de matrizes africanas.

O caso foi noticiado pela imprensa local e hoje tramita na justiça, além de contar com acompanhamento do Fórum de Promoção da Igualdade que divulgou carta em repúdio a ação da conselheira e demonstrando apoio aos grupos e pessoas vítimas da intolerância religiosa. De acordo com as entidades que integram a coordenação colegiada do Fórum, a Conselheira agiu de forma desrespeitosa ao interromper um ritual de iniciação do Candomblé.

Estimulados a lutarem pelo direito de se expressarem livremente, sobretudo por estarem sob a proteção da Constituição Federal que define o Brasil como um país laico, os povos de terreiro iniciam um processo de organização até então ainda não constatado em Juazeiro.

No próximo sábado (24) acontecerá mais uma reunião com o objetivo de envolver um número maior de pais, mães e filhos de santo que possam discutir e definir estratégias e ações, a serem executadas em prol da conscientização da população sobre o que são as religiões de matriz africanas e, principalmente, sobre a liberdade religiosa existente no Brasil.

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